sábado, 30 de maio de 2009

A televisão como recurso no ensino



Cada vez mais escolas e faculdades investem em novas tecnologias multimídia para transmitir idéias, descrever objetos e outras informações em seus trabalhos. Hoje os computadores são sofisticados e transformados em algo próximo, pessoal e móvel. A crescente renovação e disponibilidade da tecnologia nas instituições de ensino permitirão um aprendizado mais individualizado afetando de forma direta o sistema educacional. Sendo assim o professor terá a função de mentor do aprendizado, não apenas a fonte dos conhecimentos. A tecnologia proporciona aos estudantes trabalharem em diferentes níveis e medir a qualidade do aprendizado.
O maior desafio da atualidade está em aprender a adaptar-se às mudanças com o mínimo de esforço físico ou mental, sendo importante preparar a população para trabalhas com os novos equipamentos, superar as mudanças constantes nas novas formas de trabalho, tornando o aprendizado um processo natural e permanente que atenda as exigências do mercado de trabalho.


História da tecnologia da Televisão
O primeiro sistema semi-mecânico de televisão analógica foi demonstrado em Fevereiro de 1924 em Londres, e, posteriormente, imagens em movimento em 30 de outubro de 1925. Um sistema eletrônico completo foi demonstrado por John Logie Baird, Philo Farnsworth e Philo Taylor Farnsworth em 1927. O primeiro serviço analógico foi a WGY em Schenectady, Nova Iorque, inaugurado em 11 de maio de 1928.
Os primeiros aparelhos de televisão eram rádios com um dispositivo que consistia num tubo de néon com um disco giratório mecânico (disco de Nipkow) que produzia uma imagem vermelha do tamanho de um selo postal. O primeiro serviço de alta definição apareceu na Alemanha em março de 1935, mas estava disponível apenas em 22 salas públicas. Uma das primeiras grandes transmissões de televisão foi a dos Jogos Olimpícos de Berlim de 1936. O uso da televisão aumentou enormemente depois da Segunda Guerra Mundial devido aos avanços tecnológicos surgidos com as necessidades da guerra e à renda adicional disponível (televisores na década de 1930 custavam o equivalente a 7000 dólares atuais (2001) e havia pouca programação disponível).
A televisão em cores surgiu em 1954, na rede norte-americana NBC. Um ano antes o governo dos Estados Unidos da América aprovou o sistema de transmissão em cores proposto pela rede CBS, mas quando a RCA apresentou um novo sistema que não exigia alterações nos aparelhos antigos em preto e branco, a CBS abandonou sua proposta em favor da nova.
No Brasil, a primeira transmissão de televisão deu-se por conta do leopoldinense Olavo Bastos Freire, que construiu os equipamentos necessários e transmitiu uma partida de futebol em 28 de setembro de 1948, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
Gêneros televisivos
· Programas de conversa (talk-shows)
· Telejornal
· Programas seriados
· Telenovelas
· Esportes
· Debates
· Documentários
· Desenhos animados
· Filmes
· Adulto
· Reality-shows
Televisão como Recurso Didático
Mais do que uma tecnologia que transmite sons e imagens em movimento e que se presta principalmente ao entretenimento, sabemos que a televisão é parte constituidora da cultura presente no cotidiano de todos nós, e que tomamos o seu conteúdo como referência sobre a realidade.
Entreter, informar, mobilizar pessoas e instituições são algumas atribuições que podemos identificar como características da televisão, e aí nos vem a questão central: educar é função da televisão? Também, mas, talvez, não só explicitamente por meio da programação identificada como educativa!
Fala-se muito sobre as possíveis mazelas causadas nas famílias, sobretudo em crianças e adolescentes, decorrentes dos conteúdos inapropriados para a “boa” educação deles. Credita-se à televisão o poder e a culpa pelos transtornos nas relações humanas e, em particular, na dificuldade do educador em “ensinar” às crianças e aos adolescentes aquilo que se entende por conhecimento adequado e natural ao ambiente escolar formal.
Percebemos que a televisão ensina muito, e não só a respeito de conteúdos, mas também sobre atitudes, valores etc., e que a televisão pode não ser uma concorrente da escola e sim uma parceira, a depender da atuação do educador. Neste contexto, ao lado da sedução praticada pela televisão, a mediação escolar permitiria a educação de telespectadores mais críticos e protagonistas quanto aos conteúdos da programação televisiva.
Há vários estudos que explicam a gramática televisiva, os recursos próprios da linguagem audiovisual e a exploração de determinados conteúdos por este meio de comunicação como sendo um tipo de conhecimento a que poucos têm acesso de forma clara e consciente, restrito aos especialistas. Entretanto, percebe-se que a televisão colabora para a construção de uma “visão de mundo” e “educa” seus telespectadores sobre conteúdos abordados e para aspectos de sua gramática, de modo que estes se tornem inteligíveis.
Os canais da televisão aberta, predominante no tempo cronológico e no espaço geográfico brasileiros, têm promovido entre seus telespectadores a formação de hábitos que constituem referência para, por exemplo, almoçar/jantar, dormir/não dormir, horários para determinadas atividades, enfim, é um meio de organizar a vida cotidiana. Por outro lado, gêneros televisivos foram se constituindo em modelos para uma postura do telespectador frente aos programas transmitidos como os talk shows, os famosos programas de auditório de domingo à tarde, telenovelas e seriados, telejornal e documentários, shows e, mais recentemente, os reality shows.
Atualmente, nos centros urbanos brasileiros, a televisão paga (TV a cabo) tem promovido a especialização da produção/veiculação e do consumo de sua programação, como os canais de desenhos animados, os de jornalismo, os temáticos, de filmes, dentre outros. As novidades ocorrem não só no televisor, com telas planas, de plasma, mas também na forma como assistiremos à TV, pois a programação será organizada pelo telespectador conforme seus interesses, e será possível acessar a Internet diretamente a partir do conteúdo assistido para saber mais detalhes sobre determinado produto, personagem, ou fato. A TV do futuro já existe e está plenamente articulada com a Internet.
A TV e a Escola
Percebemos que nem é preciso levar o televisor até a sala de aula para que a TV esteja presente na escola, pois a cultura televisiva surge em comentários entre alunos e professores sobre determinados programas e personagens. Algum desenho de preferência das crianças, um fato bom ou ruim destacado pelos telejornais, uma competição esportiva do momento e até mesmo cenas de um capítulo de novela são exemplos de como a programação televisiva apresenta-se em outros momentos que não somente naqueles em que se assiste a ela.
Pensa-se também que esta cultura televisiva é inútil e que, até mesmo, chega a atrapalhar o bom andamento da aprendizagem escolar. Quando muito, ao se falar em TV na escola, pensa-se em programas “educativos”, no sentido mais tradicional do que se entende por este termo, desconsiderando-se que “educativo” pode ser tudo e qualquer coisa presente no meio social, inclusive na TV, a depender das relações que se estabeleçam com ela.
Neste sentido é que a TV presente na escola passa necessariamente pela ampliação da consciência de todos – educadores e educandos – de que as informações disponíveis nos meios de comunicação fazem parte do processo de construção de conhecimentos, embora, na maioria das vezes, de forma inconsciente e até inconseqüente. Por isso, contemplar a programação televisiva para a pauta educativa das escolas requer alguns exercícios por parte dos educadores para que viabilizem processos de ensino e aprendizagem positivos.

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